segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O outro lado!


“Permita-se olhar pro outro lado da rua, mesmo que de óculos escuros, pra que eu não veja”, era o que minha melhor amiga, consciência, ia me dizendo durante todo o dia. Engraçado como o tempo desgasta o que chegara a ser nosso maior motivo de respirar, e até mesmo as nossas idéias.

Não que a emoção acabe, mas sim que as circunstâncias mudem. Injusto seria não querer que alguém mude, quando nós, cheias “disso e daquilo” somos um completo turbilhão de mudanças. Se em meio à pressão vinda do nosso instinto alarmante de resolver questões em aberto com tempestades em copo d’água der um nó em sua cabeça, e hora de mudar de foco, para que esse nó não siga para sua garganta.

Embora o amor incondicional nos faça bater na mesma tecla, é preciso ao menos tentar sair do ciclo vicioso de precisar estar em contato sempre. É preciso adotar medidas como ‘hesitar e esperar’ para que, naturalmente, o coração volte a sorrir: é pensar como se o lado A da fita riscasse porque o B tem a música que vai te surpreender. Tempo, tempo… atrasa uma hora no relógio uma vez por ano, mas insiste em não voltar nos momentos que nem os melhores sonhos acordados trazem de volta.

Vai ver, assim como a moeda, o relógio tenha um outro lado, o lado da virtude: ensinar a ser forte com paciência e desvincular excessos, para não se frustrar com os episódios da novela que é nosso cotidiano. Vai ver, assim como o relógio, o tempo tenha concerto, e traga a tona, hoje ou décadas à frente, tudo o que incansavelmente mais ansiamos um dia..
Quem sabe, sem mapas e instruções, o outro lado da estrada tenha um atalho mais seguro pra onde o coração quer chegar?

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